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Lotação nas barcas com serviço em estado de falência

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|  Foto: Foto: Marcelo Tavares
Intervalos maiores causam lotação nas barcas. Foto: Marcelo Tavares

As barcas que fazem a travessia entre a Praça Araribóia, em Niterói, e a Praça XV, no Centro do Rio, estiveram lotadas na manhã nesta terça-feira (21). No entanto, segundo passageiros, essa é a realidade enfrentada por eles todos os dias desde que a CCR Barcas aumentou o intervalo entre a saída de uma embarcação e outra, no início da pandemia.

De acordo com os relatos, o intervalo de 30 minutos, que acontece inclusive nos horários de 'pico', torna o meio de transporte quase que inviável. Em contrapartida, a CCR Barcas, concessionária responsável pelo serviço, informou estar em estado dramático e falimentar, sem nenhum apoio do Estado para a grave crise que está atravessando.

“Eu pego as barcas todos os dias, e a embarcação está sempre lotada, a gente praticamente não pega com lugar pra sentar. E não tem essa de quantidade de pessoas, enquanto tiver gente pra embarcar, eles estão embarcando! Com esse intervalo só piora, com certeza, se diminuísse, o serviço melhoraria um pouco”, relatou a analista financeira, Laís Gomes, 21 anos.

Uma segunda passageira, moradora de São Gonçalo, Isadora de Santana, afirmou que passa sufoco para ir ao trabalho. “Está sempre cheio, mas nos horários de pico, entre 6h e 9h, é triste! Com esse intervalo maior, vai acumulando passageiro e é muita gente”, disse.

O intervalo entre as barcas era de 15 minutos, mas aumentou em fevereiro de 2021. Segundo a CCR, a medida ocorreu devido à queda de passageiros na pandemia. Em nota, a empresa informou que diferentemente de todos os outros modais, as barcas ainda se encontram num patamar de perda de cerca de 70% da demanda em relação ao período anterior a pandemia.

A Secretaria de Transportes do Estado do Rio de Janeiro informou que o sistema aquaviário transportava, antes da pandemia, cerca de 80 mil passageiros e, atualmente, aproximadamente 20 mil usuários utilizam este meio, representando uma queda de 72%. Questionada sobre a falta de apoio financeiro a CRR, o Governo do Estado ainda não respondeu.

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